domingo, 22 de maio de 2011

Bem aventurada Dulce dos pobres
Renata Villela


I
Chuva de bênçãos,
vento do Espírito,
força de Deus.
Grito da natureza,
diante de toda beleza
de quem tanto sofreu,
de quem tanto amou,
de quem tanto se deu,
de quem tanto ajudou
aos pobres.

Mais que palavras,
mais que ornamentos,
um rito de fé e união.
Mais que honrarias,
mais que homenagens,
legado em obras e oração.

Pessoas irmanadas
num mesmo sentimento
de gratidão;
pessoas comungando
a mesma fé,
em oração.
Pessoas igualadas,
aos pobres desemparados,
sem teto, com frio,
molhados, sem proteção.

Pobres se encontrando,
rezando por Irmã Dulce,
o anjo bom da Bahia,
do mundo, da humanidade.
Pobres de coração,
aquecidos na emoção
de viver o grande encontro
do amor que cria laços
nos braços da eternidade.


II
Bem aventurada Dulce dos pobres,
bem aventurada mulher de oração,
bem aventurada guerreira da justiça,
bem aventurada irmã dos Alagados,
bem aventurada peregrina das calçadas,
bem aventurada Dulce em missão.


Bem aventurada devota de Antônio,
bem aventurada seguidora de Francisco,
bem aventurada servidora dos pobres,
bem aventurada protetora dos doentes,
bem aventurada humilde e persistente
bem aventurada Rita do Senhor.

Bem aventurada mulher de tanto amor,
bem aventurada Dulce, que se esvaziou
bem aventurada a que se preencheu
por Deus.
Bem aventurada irmã que se entregou,
bem aventurada quem nunca se negou
a ajudar os crucificados das ruas.
Bem aventurada Dulce de Jesus,
bem aventurada irmã, aos pés da cruz,
bem aventurada Dulce dos desabrigados,
bem aventurada amiga dos desempregados.

Bem aventurada discípula do Amor,
bem aventurada apóstola do Senhor,
bem aventurada, frágil e tão forte,
bem aventurada quem desafiou a morte.
Bem aventurada a que doou a vida,
bem aventurada a irmã querida,
bem aventurada mulher de atitude,
bem aventurada a humilde caminhante,
bem aventurada a pequena gigante
protetora dos necessitados.

Bem aventurada Dulce dos pobres,
bem aventurada Dulce dos povos,
bem aventurada Dulce de Deus.