Sou pote
vazio
Sedento de
amor
A folha em
branco
Que sonha
com a cor.
O nó
apertado
Amarrada
estou,
Eu quero ser
laço
A unir dom e
dor.
Há medos que
esmagam
E engasgam
minha voz;
Há um choro
contido:
“Não há mais
heróis!”
Assusta-me a
força
Que vem com a
ventania
Eu sinto em
meu peito
A dor da
agonia.
Num porto
seguro
Eu quero
aportar
Mas nuvens
não deixam
Eu achar meu
lugar.
Sou vaso
rachado
Por causa
das quedas
“que eu
regue o caminho”
Me diz o
poeta.
Eu sei que
eu sou
Menor que um
grão
Só posso dar
flor
Se Deus for
meu chão.
Eu quero a
paz
De criança
dormindo
A graça e a
leveza
De um campo
florindo.
Só quero o
vento
Batendo em meu
rosto
Olhar o
horizonte
Além do
desgosto.
Eu quero um
caminho,
Por onde
andar
E o calor de
um ninho
Onde eu
possa pousar.
Quero o Colo
de Deus
Para eu
recostar
E, sentindo
o Amor,
Outra vez
despertar.
Calando meus
medos,
Deixando
brotar
A flor do
desejo,
Servir e
amar.
No abraço de
Deus
Quero me
abastecer
Só assim
serei livre
Pra inventar o meu ser