De um lado, afagos, afetos,
família, amizade.
Do outro, reencontros,
descobertas,
surpresas e liberdade.
De um lado, a independência,
a busca da essência,
a carência, a solidão abraçada,
a consciência do eu.
Do outro, a liga da convivência,
o apego, a dependência,
os laços criados, os abraços
e os passos dados com medo,
na cidade ao léu.
Realidades paralelas
que se encontram em mim,
desfazendo lógicas,
escrevendo crônicas e poesias.
Lá vou eu,
refazendo a história,
juntando desejo e memória,
passado e futuro,
nesse presente nâo escolhido,
mas acolhido com medo e coragem.
Assim é o vai e vem de cada dia,
às vezes, tristeza, às vezes
alegria...
O que me inspira e move
é juntar as pontas, em bordado,
sabendo que, de um lado,
há vida que pulsa
e do outro (acredite!) também.
Renata Villela (julho/2022)