Maria,
cheia de graça,
plena
em Deus!
Pura
na vivência do amor
que
é ternura enraizada
na
experiência da fé.
Mulher
!
Senhora
nossa, senhora de si...
Íntegra,
digna,
fiel
a Deus,
mãe
de Deus, em Jesus,
presença
na cruz...
de
pé !
Ensina-me,
Mulher,
a
não esmorecer,
a
não desesperar,
a
ficar de pé,
na
cruz.
Maria
– resignada, consciente,
tolerante,
persistente,
paciente
no respeito
ao
tempo de Deus.
Maria,
minha mãe !
Maria
que me acolhe e ensina,
que
me aquieta e anima,
ensina-me
a amar !
Ensina-me
a calar
meus
próprios ruídos
-
que
são os mais barulhentos;
faz-me
buscar o silêncio
que
tudo diz.
Ensina-me,
Maria,
a
aparecer somente
quando
for necessário transparecer
o
amor e a paz que É !
É
tudo !
Ensina-me,
Mãe,
a
não querer entender
nem
explicar
o
que vem de outra fonte.
Anima
minha alma
a
mais que sentir o amor,
mergulhar
nEle
para
vivê-Lo na intensidade
de
quem se entrega.
Ensina-me,
Mãe,
a
me entregar assim,
sem
medidas,
com
a confiança de quem
simplesmente
crê.
Ensina-me,
Mãe,
esse
amor que tem raízes e asas,
que
faz calar,
que
faz guardar,
partilhar,
agir, viver
na
leveza de quem confia
e
não teme...
Não
teme o não planejado,
o
não desejado,
o
não esperado...
Aceita
! Confia ! Entrega ! Silencia !
E
no silêncio, escuta;
e
no silêncio, acata
deixa
que a voz conte o segredo,
dissipe
o medo,
aponte
o caminho
e
traga o carinho
que
amansa qualquer dor.
Amém
!
Renata Villela