No
encontro da caneta com a folha de papel, tudo acontece…. Emoções vêm à tona,
reflexões ganham espaços concretos, desejos são verbalizados, intenções e
mágoas são expressadas… a vida é, enfim,
transformada, letra a letra, em poesia.
Tudo ganha forma : a fantasia e a
realidade, o amor e o ódio, as decepções e a esperança, o desencanto e a fé.
Todo conhecimento científico ganha confirmação e justificativa, todo sentimento
vivenciado conhece a ciência da transformação do que é expectativa em intenção, do que é experiência em sabedoria.
No encontro da caneta com a folha de
papel, um novo mundo se cria! O mundo da interseção do eu com o mundo, do real
com o ideal, do subjetivo com o objetivo, da mágica e da ilusão com o concreto
e o paupável.
Letras são como átomos que se unem em
moléculas-palavras e recriam a vida, a
vida real ou a vida imaginária, a vida doída, sofrida, ferida ou a vida
comemorada feito festa, feito ciranda, feito explosão de alegria.
Palavras faíscam a luz de uma criação
lúdica ou lógica, que transcende qualquer limitação humana e nos transforma em
seres divinos – justamente porque criadores – a desafiar o não dito, o não
experimentado, a articular o vivido e o desejado, a integrar céu e terra, fogo
e ar, chuva e sol , mal e bem, guerra e paz.
Letras, palavras –
conjuntos que se fazem discursos,
monografias, tratados, poesias, relatórios, orações ! Letras, palavras - conjuntos que declaram guerra ou reafirmam a
paz, que estimulam a morte ou garantem a vida, que criam barreiras ou quebram
fronteiras, que rompem elos ou criam laços.
Que saibamos, nós, todos nós, fazer o melhor uso de
cada palavra, utilizando-a como
instrumento da paz, como ferramenta da construção de um mundo mais ético e mais irmão. E que possamos, a partir daí, ser, verdadeiramente,
sujeitos de uma história mais digna e de
mais amor !
Renata Villela
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