Gólgota, flagelo, calvário,
Feridas, espinhos, traição,
Decepção, abandono, chicote,
Zombaria, agonia, solidão.
Palavras tão fortes que tocam lá dentro,
Lembrar do tormento que foi redenção
E a gente caminha, nem lembra, nem pensa:
Não tem recompensa pra cada ofensa
Sofrida, doída, vivida por livre opção.
Amor que encara de frente e se entrega.
Doação que se faz abandonar,
sem questionar, aceita,
sem duvidar, caminha.
Silencia na agonia, silencia na solidão....
e do silêncio guardado, ecoa o grito esperado,
certeza de libertação.
Molhado de lágrimas, de sangue e suor,
marcado pelos espinhos da coroação,
na dor de ser ultrajado, de ser açoitado,
largado ao chão.
Ele persiste ! Ele resiste !
Maior é seu amor !
Caiu, levantou,
tantas vezes caiu, levantou...
Caminhou para a cruz no limite das forças,
no impulso da raça,
na coragem
do abraço à cruz.
Medo e superação, entrega e condenação...
Perdão, perdão, perdão !
Perdão que se derrama na graça do amor
de um Deus que, por amor, venceu a cruz
e por amor, se fez a luz.
Deus que, no amor, se faz a cada dia,
consolo e alegria,
esperança e
sabedoria,
certeza da
ressurreição.
A história não acaba no último suspiro,
na lágrima, na lástima, na tumba...
A história continua três dias depois...
Nenhum comentário:
Postar um comentário