Quem
me conhece sabe que escrever para mim é oração, é terapia, é transbordamento do
que sinto... Tenho uma amiga que diz que “falo pelos dedos”.... Nos últimos
tempos, ando meio esvaziada e escrito muito pouco mas, hoje, talvez por ter
chegado no auge desse vazio, senti necessidade de tentar transformar em
palavras tudo o que está misturado aqui dentro: pensamentos, sentimentos,
lembranças, silêncios.... Talvez devesse escrever de mim pra mim, mas sinto vontade de partilhar...
Ontem
de manhã, acordei sufocada...Uma angústia e uma tristeza sem tamanho tomaram
conta de mim e a única coisa que me veio à mente foi sair de casa para olhar o
mar... O dia estava bonito... Tomei café, coloquei todos os aparatos dos
protocolos da pandemia e sai... Ainda pensei que não ia dar conta, tem um tempo
que parei de caminhar (quase dois meses) e “racionalmente” achei que não fosse
conseguir chegar no calçadão da praia...Mas uma força me levava...Eu precisava olhar
o mar. Devo ter saído de casa por volta das 7:50h... Chegando na orla, descobri
um banco na sombra e ali sentei contemplando o mar... As ondas... Duas músicas
ressoavam como mantra: “e diz que se o mar
não tivesse a coragem de na praia morrer, o espetáculo das ondas não
iria acontecer” e a música-tema da família Villela “nada do que foi será
de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará...A vida
vem em ondas como o mar num indo e vindo infinito”. Voltei para casa
devagarzinho, tomei um banho e fui fazer as coisas do dia... Por volta das
10:30h/11:00h, meu irmão tocou o interfone chorando...Não precisava dizer
nada....
Nessa
hora, não houve protocolo de Covid que impedisse nosso abraço... Daí em diante,
não dá para traduzir em palavras mais nada do que sentimos (e estamos sentindo),
do que vivemos (e estamos vivendo).... Detalhe: olhando hoje o atestado de
óbito, o falecimento foi às 8:37h. Mesmo fisicamente distantes, estávamos
conectados! E sempre estaremos!
Só
mais uma coisa quero trazer aqui, antes de falar de meu pai. Na noite anterior,
Nanda esteve aqui com Rafael e, na hora de se despedir, eu sempre fico na
janela olhando eles saírem, ele olha pra cima e dá tchau, boa noite etc. Quando
meu pai estava em casa, fazia isso com nós dois. Nessas últimas semanas, era só
comigo. Anteontem, entretanto, ele ficou olhando para o céu, dando tchau e boa
noite. Nanda falou pra ele: “Rafa, sua avó está na janela, você está olhando
pra onde?” e ele respondeu: “estou falando com o bibi, sei que ele vai me ouvir
onde ele está”.
É
isso: conexões...Amor... Comunhão !
Sobre
ontem à tarde: estar no cemitério e fazer uma oração de frente para um carro fechado
foi muito estranho....Tão estranho que, saindo dali, eu e Nanda fomos ver o
por-do-sol. Como a Barra estava cheia de gente (e sem máscaras) vimos o
por-do-sol do carro mesmo. Saí por segundos só para fotografar aquele momento
que ficará eterno em nossos corações.
Desde
ontem, muita dor, saudade, aperto no peito, lembranças de momentos bons e ruins
que passamos juntos.... Eu e Nanda ficamos todo tempo como se montando um
quebra-cabeças da história desse cara que, confesso, não tinha noção do quanto
era tão querido! Sentimos uma paz enorme por ele ter tido a oportunidade de
receber a unção do enfermos na terça à tarde... A certeza de que todos os seus
pecados foram perdoados...Nanda disse que, inclusive, durante a unção, ele teve
momentos de lucidez e chegou a falar algumas palavras da Ave Maria. Que bom que
ele recebeu esse afago de Deus no coração e pôde voar mais leve ! Obrigada,
frei William!
Meu
pai foi um homem com o coração fora do peito, acho que, por isso, estava mais
vulnerável às intempéries da vida. Era um artista nato. Curtia moda, foi
artesão de bijuterias e tinha algo de adolescente dentro dele que eu não sei
explicar.... Com 14 anos, ele perdeu o pai por um infarto fulminante, dor que
nunca cicatrizou dentro dele. Às vezes, eu ficava pensando que esse lado
adolescente era resquício desse menino que precisou virar adulto antes da hora.
E nessa de ficar adulto antes da hora, ele precisou abandonar muitos sonhos
para encarar a “selva de pedra”.... Viver de arte? Impossível! Fez faculdade de
Direito e nunca pegou o diploma e enveredou pelo ramo de Comércio Exterior,
onde chegou a ser gerente Norte Nordeste de uma empresa. Infeliz com o que
fazia. Como tinha contrato especial (não era CLT), quando foi demitido com mais
de 50 anos, saiu sem nada.... E numa idade que nenhuma empresa o aceitaria por
causa da idade + especialização.... Foi nesse momento que ele juntou os cacos
que sobraram e virou “sacoleiro”...Ia para Belo Horizonte comprava coisas na
feira de lá e trazia para revender em Salvador (de ônibus!).... Alguns anos sobrevivemos
assim e foi justamente nesse tempo que resolvemos juntar nossas durezas e
nossas dívidas para dar conta de cada dia. Eu, no auge dos meus vinte e poucos
anos trabalhando meio turno, Nanda pequenininha, Rodrigo na faculdade e ele.
Sobrevivemos! Muito graças à família e aos amigos, sobrevivemos ! Uma história
que daria uma novela com vários capítulos entre dramas e comédias e trilha
sonora diversa, mas isso, a gente guarda no canto do coração.... O tempo
passou, Rodrigo casou, Nanda casou e, ao longo desses 30 anos de convivência
diária, passamos de pai e filha, amigos, a mãe e filho....
Eu
diria que meu pai tinha 5 grandes paixões (cada uma na sua “prateleira”): a fé -
(Nossa Senhora de Fátima, Santa Rita de Cássia e Santa Dulce dos Pobres eram “suas
amigas mais queridas”) e a oração do terço era uma prática diária - a família, os amigos, os jovens e as gatas.
Sobre
a fé: Graças a
ele, conheci Irmã Dulce, pude olhá-la nos olhos, sentir a força de Deus que
transbordava dela. Tenho certeza de que ela foi a primeira a recebê-lo no Céu. Graças
a ele e a insistência durante a minha infância e adolescência de ir às missas
nos domingos às 19:00H (na época), conheci o OPA e, depois, o Escalada. O amor
incondicional a Jesus Cristo sempre nos uniu e fortaleceu.
Sobre
a família: a
família era TUDO para ele (algumas vezes eu até falava que era mais do que
deveria ser), mas como ele tinha o coração fora do peito, amava de uma forma desmensurada.
Um de seus “defeitos” era não conseguir controlar bem o que ganhava....Gastava
mais do que tinha para dar presentes! Amava presentear! Do mais simples brinco
de camelô a coisas mais caras que ele se enrolava pra pagar.... Como o coração
dele se enchia de felicidade ao dar um presente!!! E ai da gente se não gostasse....
Se um de nós adoecia, ele adoecia três vezes mais.... Cada conquista nossa, ele
queria divulgar aos quatro cantos... Irradiava orgulho da gente! Quando chegava
o Carnaval e os sobrinhos do Rio lotavam a casa, ele se transformava... Houve
época de termos 15 pessoas em casa! Uma folia ! Farras inesquecíveis que eu não
participava diretamente mas era contagiada fortemente. Como a família do Rio:
irmãos, sobrinhos, sobrinhos-netos eram importantes para ele (e para nós!).
Vínculos que nunca se abalaram ao longo dos anos de distância física...A cada
um somos ETERNAMENTE gratos !O sangue Villela faz toda diferença em nosso jeito
de ser e viver.
Sobre
os amigos e os jovens:
a mesma forma como se doava à família, fazia com amigos. Ficaram poucos amigos
do tempo de faculdade e do tempo que trabalhou no Rio, mas falava com eles com
frequência pelo zap. A grande maioria dos seus amigos eram mais jovens que ele
e ele sempre comentava que “não tinha papo” com as pessoas da idade dele....
Dessa forma, os meus amigos se tornaram seus amigos... Ganhou muitos sobrinhos
queridos, nessa época, que o chamavam carinhosamente de tio Lula: Liana, Aninha,
Soan, Claudinha, Mario, Celso, Luciano, Thais, Kite, André.... Muitos nomes
para lembrar agora.... A turma do São Paulo, do Despertar e do Semente... Houve
quem não entendesse esse carinho e cuidado dele por esses sobrinhos (o que o
fez sofrer muito), mas era um cuidado que se eternizou e, nesses últimos dias,
esses sobrinhos vinham procurando e rezando por ele com o mesmo amor de
antigamente.... Não dá para traduzir em palavras a força desses reencontros
agora, como se a vida fechasse um ciclo com a chave do amor. Continuou a fazer
sobrinhos quando entrei para o Meridien: até meu gerente o chamava de tio
Lula... Glozinha, Marcinha, Beto, Rosana, Vivaldo, Edson.... Também Ademir....A
memória agora teima em falhar, mas cada pessoa que foi tão importante nessa
grande família que ele criou está aqui guardada em baú de tesouros.... Depois
vieram os netos... Ele sempre apaixonado pela juventude: Rogério e Rafael, Leo
Lessa, Gustavo, Gazineu, Lucas, Laura, Nanda e Thiago, Cora, Negão, Xande....
De novo, não vou conseguir lembrar aqui os nomes de todos e me perdoem se
esqueci alguém especial.... Todos vocês, amigos-irmãos que se tornaram amigos
queridos dele (Angela, Marilu, Verinha, Ernani, Marta, Cris, Cacau, Grace,
Tine, Silvana, ......................), sobrinhos e netos, junto com a família “de
sangue” fazem hoje uma redoma de amor para mim (e acho que posso estender isso
para Digo, Nanda, Piui, Sil, Rafa e Saulo e Rafinha) a nos proteger dessa
tempestade. Por causa de vocês e de tudo o que ele nos ensinou, apesar de tudo,
conseguimos sentir a brisa suave de Deus nos fazendo lembrar o quanto somos
amados e o quanto a vida de meu pai valeu a pena.
E
as gatas? Elas não saem de perto de mim. Ontem ficaram desesperadas, subindo e
descendo da cama dele, se escondendo debaixo da cama dele.... Nesse ponto, só
quem tem “família de quatro patas” é capaz de entender....
Se
vocês me perguntarem por quê ou para quê escrevi tudo isso, não vou saber
explicar. Eu precisava escrever, da mesma forma que precisava ter ido olhar o
mar ontem.... Talvez, eu precise disso para elaborar melhor tudo o que está
acontecendo e para ter a certeza de que todos os momentos difíceis passaram e,
agora, ficou só amor. Um amor, confesso, nesse momento, regado de muita dor e
saudade, de um vazio sem nome e uma “desvontade” de várias coisas.
Meu
pai nasceu no dia do Soldado e foi um guerreiro. Lutou por muitos anos, várias
batalhas, a maior e mais duradoura delas, entretanto, foi contra a depressão....
Essa, por mais que tentássemos juntos, ele não conseguiu vencer. Mas eu tenho
certeza de que agora, não há mais lágrimas, nem dores, nem sofrimento. Só amor.
O Amor misericordioso de Deus, o afago terno da Mãe, o abraço de Santa Dulce e
o reencontro com todos os que ele tanto amou e que estavam esperando por ele:
vovô, vovó, tio Chuca, Alfredinho, Tia Letícia e tio Pedrinho estão, nesse
momento, cantando e fazendo a coreografia de “Como uma Onda” lá em cima. Eu
acredito nisso!
Nas
minhas orações, eu só pedia pelo bem dele...Não conseguia pedir nada diferente
e, apesar de estar doendo demais da conta, tenho certeza de que fui atendida.
Ele cumpriu a missão dele aqui.
Está
doendo muito, muito, muito.... Tem horas que dá vontade de chorar sem parar....
São 30 anos de convivência diária.... Vou ter que aprender a viver sem ele... Aliás,
sem ele aqui, fisicamente, porque o que de melhor ele deixou, estará comigo
sempre. Desde já peço desculpas se não atendo alguma ligação ou não respondo
alguma mensagem. Estou lendo tudo, vendo tudo, sentindo tudo. Vocês podem
estranhar alguns conseguirem falar comigo e outros não....São momentos e
momentos. Estou num tempo de silenciar, mas o carinho e o amor de vocês é
FUNDAMENTAL. Preciso muito de cada um. Rompi minha quietude e solidão para
escrever essas palavras... De novo, não sei por quê nem para quê, mas me deixei
levar e aqui está esse textão para quem quiser ler.
No meio de toda essa dor só tenho recebido amor e acabei descobrindo que, além de Villela, ganhamos muitos outros sobrenomes....Almeida, Bispo, Araujo, Vieira, Santana, Pereira, Cunha, Carvalho, Silva, Sales, Campos, Mayer, Aleluia, Pires, Bastos, Santos, Petrovich, Dantas, Vasconcelos, Cruz, Guedes, Salmazo, Gomes ............
Que
Deus abençoe cada um de vocês e todas as suas famílias !
Nós também precisamos desse seu texto, pra conseguir digerir essa ausência. Obrigada!
ResponderExcluirQuando Jairam morreu Jesus tb me chamou pra andar na praia. Como você tb segui agoniada pro calçadão...lá ouvi bem alto: “eu venci a morte!”
ResponderExcluirImpressionante!
ExcluirQuanta emoção! Quanta delicadeza e amor! Força amiga. A vida é “como uma onda no mar”, e seguimos com mares mais revoltos outros momentos de calmaria. E a caminhada da Vida segue seu curso, com dores que transformamos em uma palavra que só existe na nossa língua: Saudades! ❤️
ExcluirQuanta emoção! Quanta delicadeza e amor! Força amiga. A vida é “como uma onda no mar”, e seguimos com mares mais revoltos outros momentos de calmaria. E a caminhada da Vida segue seu curso, com dores que transformamos em uma palavra que só existe na nossa língua: Saudades! ❤️
Excluir🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌
ResponderExcluirTão doído tudo isso, minha amiga... E tão bonito também. Te abraço mais uma vez.
ResponderExcluirAlgo muito forte. Ao ler confesso que por mais duro que eu seja devido as necessidades da vida, me fez balançar ao ver essa linda história de vida de meu avô descrita com tanta força e emoção. Te amo muito dinda.
ResponderExcluirRê sem palavras. Precisávamos ler e compartilhar com vc, principalmente quem a mãe, o pai e dois irmãos já se encontraram com ele lá! Eu pedi. Como sei o quanto doi. Receba a oração em forma de abraço.
ResponderExcluirAmiga querida, simplesmente te amo! Sinta o meu carinho e tenha certeza que estamos conectadas pelo Divino. Jesus é o nosso elo. Até breve, coração ❤️.
ResponderExcluirLindíssimas palavras Re e só demonstra todo o amor e companheirismo entre vocês. Sinta-se abraçada e receba todo meu carinho. ❤
ResponderExcluirBeijo no coração
ResponderExcluirRenata, sem palavras pra descrever o que senti ao ler tudo isso ! Um tudo isso pequeno pra descrever a vida de meu querido. Assim era aforma como eu o chamava . Fui uma das, muitas vezes presenteada por ele. Obrigada por sua partilha! Amo vocês como família escolhida . Fique em paz e quando precisar, estou aqui pra você!
ResponderExcluirEle é luz, vc é luz, os Villela são luz! Essas palavras são como abraço que não podemos dar presencialmente, mas sentir fisicamente. Estaremos sempre juntos! 🙏🏽♥️
ResponderExcluir"Alegre é o encontro que transforma silêncio em paz...! Essa Alegria vem do nosso Pai do Céu, que nesse momento, mais do que nunca, te carrega no colo... O sentimento fluiu e transbordou para que você partilhasse um pouco da história de vocês. Esse é seu dom! Beijo carinhoso 😘
ResponderExcluirUm abraço especial Renata! Deus console o seu coração.
ResponderExcluirUm abraço especial Renata! Deus console o seu coração.
ExcluirTexto muitp lindo!
ResponderExcluirGrande Homem! com certeza fez uma passagem cheia de Luz! Viverá a eternidade como viveu na terra, semeando a paz, amor, a união e a felicidade. Que Deus conforte o coração de vocês. Tenho certeza que ele estará bem lá no céu. Um abraço a toda Família.
ResponderExcluirAss.: Bruno Campos
ExcluirRenata, que lindo texto, mais que tudo: que lindas memórias! E é isso que o faz imortal, as boas lembranças de todos os que conviveram com ele, o carinho de quem lê essas palavras... quem amamos segue sempre conosco. Bj especial
ResponderExcluirRenata querida, que mensagem!! Revivi tudo que vivi com vocês, doces lembranças que jamais esqueci. Vocês sempre tão atenciosos e ele ? Ainda mais... tão querido!!!! Só gratidão por ter tido a oportunidade de conhecer essa linda família. Desejo que Deus tenha iluminado a passagem do vô Villela com muita paz. Forças! Lembras que é preciso ser valente para entender um Deus....de homem virou estrela, em estrela se disfarçou !!! Ele continua brilhando em nossos corações com aquele sorriso feliz ! 🥰
ResponderExcluirLaís Campos
ExcluirRenata (Tata) Querida,
ResponderExcluirDeus conforte a você e sua linda família!
Eles vão e a saudade fica acompanhada pelo amor que vivemos!
bjs, Márcea Sales
Que belas palavras Renata! Que homenagem magnífica! Perdi minha mãe em julho do ano passado e passei pela mesma sensação de velar um caixão fechado. Tudo isso é muito triste e doloroso! Mas como vc mesmo disse. Ele foi recebido por Irmã Dulce, por Jesus! Agora descansa em paz! Aqui fica a saudade! Vc é e sempre será um exemplo para todos nós! O amor e dedicação a sua família sempre foram testemunhados por muitos. E no final o que continuamos a guardar nos nossos corações é o amor! Força querida!
ResponderExcluirRê, vc escreveu esse texto lindo pra vc e para todos que conheceram tio Lula. Ele sempre foi muito especial e querido! Não esqueço os momentos que vivemos e como aprendi a ter fé com ele...o Semente foi uma sementinha no meu coração, talvez a mais importante, pois foi onde tudo começou, onde descobri a minha fé. Como não ser grata?? Saiba que esse texto tb foi um pouco de mim, de alguma forma. Vivemos coisas muito parecidas. Também perdi meu pai há 13 dias (tb de covid) e enquanto lia o seu texto, me via vivendo e sentindo as mesmas coisas. Tb vivi intensamente os últimos anos dele (e como agradeço por isso!!), pois ele fez duas cirurgias enormes em 2 anos e, junto com minha mãe, fui praticamente cuidadora dele. Ele era uma pessoa muito ativa, novo e com uma alegria de viver... Essa dor é única e só quem sabe é quem sente. Então, te digo mais uma vez: que bom que temos a nossa FÉ!!! Graças a ela, a nossa dor vai se transformar em algo bom e, como ELE nos quer ver sorrindo, as lágrimas serão só de amor e boas lembranças!!
ResponderExcluirSe e quando quiser, estou por aqui... só me chamar! Força, coragem e fé sempre! ❤❤❤ Bj, Kite
Ahh... me emocionei muito ao ver meu nome no seu textão!! ����
Obrigada por partilhar conosco tanto amor, tanto respeito, admiração...
ResponderExcluirTio Villela deixará muita saudade, sempre tão carinhoso e atencioso!
Ele agora é uma estrela 🌟
Sinta meu abraço tia Rê ❤️
Curei-me da depressão escrevendo. Eu cheguei a criar uma página mas nunca publiquei. Não por falta de coragem, mas porque eu não tinha estrutura pra organizar deste jeito legal que voce fez. Os textos que escrevi, uso as vezes no grupo de apoio pra ajudar outras pessoas que passam pelo que passei. As vezes o que as pessoas precisam é simplesmente saber que o sentimento delas tem semelhança com o sentimento de outras pessoas. Muito nobre este teu gesto. E quando a gente escreve, é possível ver a nossa dor pelo lado de fora, fica mais fácil descobrir meios de cura. Estendo meu coração ao teu, solidarizo com sua dor e creia, aos poucos voce vai se acostumando com a presença de seu pai de um jeito diferente. Meu pai ainda é meu melhor amigo e já fazem quase 30 anos que ele viajou sem me pedir permissão.
ResponderExcluirTio Lula , pra mim, foi sempre amor... esteve nos meus pensamentos e orações por todo esse tempo e assim será sempre. Tenho certeza que continua com a gente, olhando por nós... que você, Rê, e Rodrigo sintam-se abraçados. Tenham certeza que Tio Lula deixou marcas no coração de todos nós. Tai e Dinho.
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