terça-feira, 8 de março de 2011

Dia das mulheres de todos dias


Esse é um dia que sempre me toca fundo ao coração, não por ser um dia de homenagens, mensagens bonitas e rosas perfumadas. Hoje é um dia especial para mim porque me faz pensar que todo grito contra injustiças vale à pena e que mesmo que, algumas vezes, seja preciso dar a vida por uma causa, a história resgata exemplos de coragem e luta.
Hoje é um dia especial para mim porque, a partir da lembrança de grandes mulheres que deixaram suas marcas na história, sinto que há esperança e que muitas outras mulheres hão de vir, deixando novas marcas e escrevendo novos capítulos da história da humanidade que, apesar de tão controversa, há de ser melhor.

Apesar de todos os apelos da mídia, hoje é um dia (apesar de ser carnaval) para enxergar a mulher não apenas pelo corpo mas, sobretudo, pelo conteúdo e pela essência. As mulheres frutas passarão, os corpos esculpidos por botox e silicone em algum momento vão deixar escapar as marcas do tempo, mas o que as mulheres pensaram, fizeram, construíram...Ah, isso fica!

Independente de opção política, de religião, de nacionalidade, o que mais quero hoje é relembrar nomes que fizeram diferença na história de nosso planeta, algumas mais famosas que outras, algumas com um trabalho de maior vulto do que de outras, mas todas elas, mulheres que venceram preconceitos, superaram obstáculos e contribuíram para algo melhor.

Hoje quero lembrar grandes mulheres como Santa Teresa de Ávila que rompeu com os paradigmas de seu tempo em prol do resgate da verdadeira igreja. Hoje quero lembrar de Maria Quitéria, Ana Néri, Anita Garibaldi... Hoje eu quero lembrar de Zilda Arns, Irena Sendler, Teresa de Calcutá, Chiara Lubich, Irmã Dulce, Irmã Dorothy, Cora Coralina, Indira Gandhi, Edith Stein, Mercedes Sosa, mulheres que seja pela política,por suas obras sociais, pela religião ou pelas artes não morrerão jamais!

Hoje quero lembrar também de mulheres vivas que vêm, ao longo do tempo, construindo caminhos com base nas suas convicções pessoais e que também contribuem para que mostremos que o sexo frágil tem a força da sensibilidade que enxerga o mundo com olhos mais profundos e, assim, se arriscam a dar passos a frente: Indrid Betancourt, Ruth Cardoso, Dilma Rousseff, Maria Betânia, Angelina Jolie, Dora Leal Rosa, Fernanda Montenegro...E tantas outras!

Mas hoje quero lembrar também todas as mulheres que não tem nome público, que não estão na mídia nem fizeram coisas de grande impacto mas que, nas suas profissões, nas suas famílias, no seu dia-a-dia, através das pequenas coisas, transformam vidas, melhoram situações, contribuem para uma sociedade mais justa, fazem acontecer um tempo de amor (amor concreto, de atitudes) aqui e agora.

Sei que essas mulheres têm vários nomes, vários apelidos, moram em diferentes bairros de diferentes cidades de diversos países, mas acredito que, registrando aqui nomes de mulheres que marcaram e marcam minha vida, estarei acolhendo num grande abraço todas as MULHERES, fortes e frágeis, que trazem encanto junto com coerência, perseverança junto com paciência, determinação junto com solidariedade e consciência crítica junto com sensibilidade, tudo para, entre todas as limitações e imperfeições, viverem o exercício de amar.

Assim, hoje quero lembrar das mulheres que admiro, que respeito e que amo. Quero escrever, sem ordem lógica, os nomes das tantas mulheres que passaram pela minha vida e assinaram partes de minha história: Fernanda, Regina, Letícia, Lúcia, Silvana, Cristina, Inês, Angela, Vera, Grace, Juliana, Maria José, Maria Luiza, Maria de Guadalupe, Marta, Angélica, Ana Luísa, Ana Maria, Suyan, Delcy, Iráide, Yeda, Héclia, Vilma, Magali, Cleidir, Liana, Cláudia, Mônica, Geracy, Cristiane, Ilze, Roberta, Márcia, Glória, Simone, Rosana, Rita, Teresa, Eny, Janine, Sylvia, Sineide, Neide, Ana Paula, Ana Lúcia, Deisy, Deborah, Eliane, Sônia e tantas e tantas outras, graças a Deus !



Que Deus abençoe a todas as mulheres num abraço de amor maternal e que Maria, mãe de Jesus, seja referência para a vida de todas nós, MULHERES! Independente de religião, que seja ela referência de humildade e coerência, de obediência e ousadia, de compreensão e sabedoria, de doação e acolhimento, de serviço e despojamento, de coragem e força.


Renata Villela, em 08/03/2011

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