quinta-feira, 2 de junho de 2016

Mudar, voar, viver, amar,


 Mudar é possível,
é preciso.
Encarar o imprevisível,
metamorfosear.
Superar medos,
olhar além,
contemplar o desconhecido.
Mudar é necessário,
primário,
da raiz do ventre
ao vento do amanhã.
Mudar,
transformar-se e transformar,
viver experiências novas,
inovar,
desenrolar novelos
e tecer novas manhãs.
Despertar,
acordar o outro lado de nós mesmos,
crescer,
empreender e se desprender,
desapegar, lançar-se ao mar
navegar,  depois voar, plainar no ar
e voltar pra mergulhar.
Quebrar expectativas
sentir viva a chama que alimenta
cada passo
e abraçar as experiências
que se despontam a nossa frente.
Enfrentar resistências
e lançar-se além do que a consciência vê.
Planejar ou simplesmente ir,
 sem pensar,
viver,
respirar.
Saber que quase nada (ou quase tudo?) depende de nós,
eis o eco de nossa voz!
Gritar, cantar, calar.
Mudar de posição,
inventar o tom da canção,
e deixar-se levar
pelos acordes de um violão,
ou violino, o que importa?
 Sentir-se menino
diante de um avião,
abrir a porta do desejo trancado
no sótão.
Viajar,
dançar,
esbaldar-se na pura magia
de uma melodia qualquer.
Quebrar paradigmas,
vencer desertos,
achar oásis
e chegar mais perto do sol,
da lua e das estrelas.
Brilhar!
Ser luz,
contagiar,
acreditar que tudo vale a pena,
a vida é turbulenta
e é serena,
e  viver pode ser sempre
um lindo ato de amor.


                            Renata Villela  -  Junho/2016

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