segunda-feira, 2 de março de 2009

Tempo de transformação - Parte 2

Viver a Quaresma em sua totalidade é buscar o porquê da escuridão, é estar consciente da necessidade de cada transformação, é saber “perder”, é acreditar que todo fim é o marco de um novo começo e que a luz só encontra seu valor depois de uma experiência de escuridão !
Não amamos os pregos, os espinhos, a taça de fel… amamos o “depois” do túmulo vazio, a presença em Emaús, o brilho do terceiro dia ! Não amamos a cruz que prendeu o corpo de um homem que pregou o amor e a dignidade… Amamos a significação que essa cruz passou a ter quando se tornou ponte para a Eternidade, consolidando nossos laços de Filhos com esse Deus que, mais do que nunca, se mostra Pai , tendo sido “O Filho” e ficando para sempre presente entre nós, como Espírito Santo !
Não amamos o Deus da morte, do sofrimento, do vazio, do fim ! Amamos o Deus da luz, da paz, da alegria, da ressurreição!
Por tudo isso, o que mais queremos é conseguir aceitar, a cada passo, o peso de nossa cruz, a dor de cada queda e compreender a presença de cada Verônica e de cada Cirineu em nossa caminhada… Simplesmente acreditar ! Ter fé ! Sentir a presença desse Deus que nos acolhe e nos escolhe para perpetuar essa Páscoa a todo instante ! Saber que só se é borboleta, depois de se ter sido lagarta, só se ressuscita depois que se morre, e morrer e ressuscitar pode ser um exercício diário, uma verdadeira experiência de oração e entrega !


Renata Villela

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