Dia das Mães

Impossível é tentar definir maternidade e enquadrá-la nos conceitos registrados nos nossos dicionários…
Impossível é tentar traduzir o amor que a mulher aprende a sentir desde as primeiras transformações em seu corpo, quando passa a se dar conta de que abriga um novo ser em seu ventre que se tornará, dia após dia, parte de sua própria vida.
Impossível é tentar explicar a emoção de um parto, a alegria das primeiras palavras e dos primeiros passos, a ansiedade dos primeiros dias de escola, o susto a cada tropeço, o medo a cada dor, a certeza de cada abraço, as lágrimas de cada despedida e de cada reencontro e o sorriso cheio de convicção na vitória do campeonato de futebol, na aprovação do vestibular, na conquista do primeiro emprego e no “sim” às novas propostas que vão surgindo ao longo da caminhada.
Caminhando, filhos passam de crianças a adolescentes, de adolescentes a adultos mas não perdem, sob nenhuma hipótese, ainda que nos momentos de maior mágoa e ressentimento, o título de filhos… E filhos são sempre especiais…
Caminhando, mães passam de adolescentes a adultas, de adultas a idosas mas não perdem, sob nenhuma hipótese, ainda que nos momentos de maior revolta e incompreensão, o título de mães… E mães são sempre especiais…
Para mães e filhos, com certeza, não é necessário que exista um dia pré-determinado para se comemorar a grandeza dessa relação… mas já que esse dia existe, por que não aproveitá-lo como mais uma oportunidade de relembrar que o amor transforma , edifica e engrandece ? Que fique a certeza, contudo, de que as comemorações devem ser diárias, a festa, o sorriso, o abraço, o carinho devem ser o presente maior de cada dia que amanhece.
Para as mães, todas elas, jovens, adultas ou idosas, ricas ou pobres, analfabetas ou pós-graduadas, mães de muitos ou de poucos filhos, para todas elas, que fique o acalanto da certeza dessa missão que vai se cumprindo dia a dia, por mais que haja obstáculos, por mais que haja adversidades. Que fique a alegria, o gosto da risada gostosa, por mais que no decorrer do caminho , surja a dor dos espinhos que machucam. Que fique o carinho, a emoção do abraço carregado do afeto mais verdadeiro, por mais que durante as passadas da estrada, aconteçam discórdias e desencontros.
Para os filhos, todos eles, crianças, jovens ou adultos, ricos ou pobres, analfabetos ou pós-graduados, para todos eles, que fique a inquietude da certeza de que o caminho se constroe a cada dia, a todo instante. Que fique a alegria de cada reencontro, ainda que o caminho seja repleto de despedidas. Que fique a emoção das vitórias, com a consciência de que para chegar a elas, muito foi preciso ouvir, muito foi preciso argumentar, muito, tantas vezes, foi preciso brigar, chorar, sofrer e, sempre, muito foi preciso acreditar !
Que vibre, em todos os nossos corações, a certeza de que todos os dias são dias das mães, dos pais, dos filhos, das famílias ! Todo dia pode ser de comemoração pelos laços que criamos e fortalecemos ao longo de nossa existência! Todo dia pode ser consciência e respeito pela individualidade de cada um e pela possibilidade dos encontros que nos fazem crescer ! Todo dia pode ( e deve!) ser oportunidade de deixar o amor acontecer em nós, tornando-nos verdadeiros presentes uns para os outros, permitindo-nos vivenciar datas especiais como dias comuns, visto que, pela dimensão do amor, todos os dias são igualmente especiais, todas as datas são únicas, todos os momentos são inesquecíveis !
De domingo a domingo, de janeiro a janeiro, que sejam felizes ( mesmo que nem sempre possam ser alegres) todos os dias de todas as mães !!!!