domingo, 15 de agosto de 2010

Simplesmente ser

Pão com manteiga,

arroz com feijão,

velas no centro da mesa,

roda de amigos, comunhão.


Sono de bebê,

cigarra que a gente não vê,

violão em lual,

manga no chão do quintal.


Por-do-sol,

tinta de aquarela,

pescador jogando o anzol,

casamento em capela.


Coração que expressa ternura

pelo brilho do olhar,

sorriso que espalha alegria

com dom de contagiar.


Choro de felicidade,

abraço de irmão,

encontro depois de saudade,

sintonia de oração.


Vontade de aprender

a dançar ou patinar,

o sonho de subir num monte,

abrir asas e voar.


Ir além das convenções,

cuidar dos corações,

respeitar o desigual,

buscar o essencial.


Simples

tudo pode ser simples,

simplesmente ser.

Simples,

tudo pode ser simples,

basta a gente querer

buscar o que a mídia escondeu,

lembrar do que, um dia,

a gente aprendeu

soltar a criança que se perdeu

em nós.


Simples,

tudo pode ser simples,

simplesmente ser.

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