sábado, 23 de março de 2013

Janelas do coração


Se não paro, não calo,
se não calo, não ouço,
se não ouço o silêncio
fecho janelas em mim.

Se não busco a essência,
se não mergulho a fundo,
se me distraio na beira,
fecho janelas em mim.

Se me firo e não cuido,
se me prendo ao passado,
se me afogo em mágoas,
fecho janelas em mim.

Se me escondo e me perco,
se me abandono com medo,
se me omito e me culpo,
fecho janelas em mim.

E a brisa que anseia me refrescar,
e o sol que anseia me iluminar
e a vida que anseia me alimentar
esperam, sem pressa e com mansidão
o tempo de abrir o meu coração.

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